O primeiro ano de vida do bebé
Hoje venho partilhar o primeiro ano do meu bebé. O ano passado, por estes dias, dei à luz o nosso primeiro filho. Como pais de primeira viagem e sem grande experiência em cuidar e ter bebés, tivemos que aprender tudo de início, por nossa conta.
Quando estava grávida, o não ter nenhuma experiência com bebés, era algo que realmente assustava-me bastante. O vestir, o dar banho, como aquecer um biberão eram coisas que não estava familiarizada, e que eram um mundo para mim.
Todas as pessoas amigas na altura diziam-me, não te preocupes, que assim que tiveres o teu bebé, é natural e vais saber cuidar dele como se já tivesses todo o conhecimento do mundo.
Eu na altura pensava como isto tudo poderia ser possível, mas na realidade, é que quando temos um bebé, ficamos com uma espécie de super poderes e todas as dificuldades anteriormente pensadas, são ultrapassadas até com uma perna às costas.
Sabia lá eu dar banho a um bebé com menos de 3kg, muito pequenino e frágil, mas a realidade é que afinal até sabia e que me desenrascava até muito bem. A natureza é incrível!
Porém, as aprendizagens durante este último ano foram muitas, cresci muito e aprendi muito tanto a nível prático como emocionalmente.
O primeiro ano é contagiado por uma existência nebulosa privação de sono. O acordar todas as noites em suaves prestações foi e ainda continua a ser um dos maiores desafios da maternidade.
Sempre amamentei ao meu bebé desde o primeiro dia e até agora o único leite que o alimenta é proveniente da minha maminha.
Então, desde do nascimento foi implementada cá em casa uma política de bar aberto para maminha ou livre demanda que por vezes fazia como que o nosso filho acordasse de hora em hora até para ter o miminho da sua maminha.
Se estou arrependida de todo este trabalho e dedicação? Não, não estou e até é algo que me orgulho muito. Contudo, estaria a ser hipócrita se dissesse que não custa e que a privação de sono pode deixar qualquer pessoa de rastos à beira de um esgotamento.
Acordar de 2 em 2 horas não é fácil. Aprendi a ir para a cama às 20h (no verão ainda de dia), para que rotina da noite desse mais algum tempo de sono.
O dia seguinte tinha início entre as 6h da manhã, que era quando o nosso filho acordava e estava pronto para começar o seu dia.
Nos primeiros 4 meses tivemos as cólicas. Essas malvadas afetavam imenso o soninho do nosso bebé, que acaba por se contorcer todo ou por não conseguir fazer cocó, ou por não conseguir libertar os gases que se iam acumulando na sua barriguinha.
Tivemos que inclusive recorrer a ajuda profissional e ir a um osteopata para bebés para que o nosso filho não sofresse tanto com este problema.
Felizmente ao fim dos 4 meses as cólicas passaram como por magia. Bem que a pediatra nos avisou que seria um problema temporário e sinceramente também foi nessa informação que acabamos por ir buscar um bocadinho de forças para ultrapassar a situação.
O refluxo também foi outro problema que nos deu muita dor de cabeça. No primeiro mês de vida até tinha medo de dormir com medo que o nosso filho se afogasse com o seu próprio vomito.
Então recorremos mais uma vez a todas as técnicas e conselhos do pediatra sobre este tema. O elevar a cama num dos lados e o meter livros de baixo do colchão do muda fraldas foi uma das técnicas que recorremos.
Aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses tivemos as vacinas como é normal em todos os bebé e posso dizer que parte o coração a qualquer mãe e pai ver e ouvir o bebé a chorar por ter levado com 4 ou 5 agulhas pelas suas cochas delicadas.
As vacinas dos 2 e dos 4 meses e as de 1 ano fizeram febre ao nosso filhote. Pelo que nos informaram no posto de saúde, é que seria normal e ao fim de 3 dias o bebé já deveria estar recuperado.
Por volta dos 4 meses passamos pela crise do sono e foi aquela fase que o nosso filho não queria dormir e era uma angústia adormece-lo… O que funcionava cá em casa era adormecer o bebé ao colo de barriga para baixo.
Nesta fase notei que também havia alguma luta contra a maminha, pois como o ato de mamar provocava sono e ajudava o nosso filho a adormecer, o mesmo começou a recusar a mesma por algumas horas. Aqui a estratégia era alimentar o bebé quando ele adormecia ou estava ensonado.
Aos 5 meses o nosso pequenino aprendeu a virar e a dar mais atenção aos seus brinquedos. Começou a conseguir segurar nos brinquedos e ao longo do tempo a sua interação com as pessoas também ia aumentando.
Aos 8 meses aprendeu a gatinhar e nunca mais ninguém o parou. O 8.º mês foi um mês muito desafiante. Foi um mês de mudança dos hábitos de sono devido à famosa crise que os bebés passam que é a ansiedade de angústia da separação.
Por esta altura o nosso bebé acordava de hora a hora a berrar como se o mundo estivesse a acabar. A única forma de o conseguir acalmar e fazer com que ele dormisse mais horas de seguida foi fazer cama partilhada com o nosso bebé.
Entretanto, esta fase terminou por volta dos 10 meses e conseguimos com que ele voltasse a dormir na sua caminha que, por sua vez, sempre ficou ao lado da nossa.
Foi também aos 8 meses que o nosso pequenote disse pela primeira vez mama e apanhou a sua primeira gripe que lhe deu 39º de febre e dias muito desconfortáveis.
Relativamente a dentes, ainda somos uns pais inexperientes, uma vez que os malandros ainda não quiseram romper. Já nos disseram que quando nascerem, vêm todos juntos e já nos estamos a preparar mentalmente para as noites em claro que se avizinham.
O nosso bebé tem agora 1 ano e é extraordinário ver todo o crescimento que tem feito ao longo destes 12 meses. Ainda acorda a cada 3 horas para mamar, mas já notamos que há noites em que já está mais independente e já aguenta 4 horas sem ir ao seu miminho preferido.
Ainda não anda, mas deve estar para breve que o gaiato só está bem é em pé a brincar no sofá e moveis.
Ser mãe é uma das experiências mais gratificantes que alguma vez vivi e ver o meu bebé a sorrir é a melhor sensação do mundo.